Reflexões de um YogIN – Episódio 40.
O qu as posturas do Yoga devem desenvolver?
Força?
Alongamento?
Flexibilidade?
Estrutura para Meditar?
Neste podcast trago uma proposta com diferentes trabalhos para a melhoria do corpo a partir dos asanas.
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Playlist da série Reflexões de um YogIN Contemporâneo
Playlists de músicas para aula de Yoga
Curso de Mantra Sandro Shankar
Transcrição
3 Propostas Para Asana – Posturas do Yoga – Podcast #40
Olá, o meu nome é Daniel De Nardi e está começando o 40º podcast da série “Reflexões de um YogIN Contemporâneo”.
Hoje completamos quarenta episódios com muita alegria, este podcast não nasceu de uma forma planejada, foi simplesmente, como vocês já ouviram aqui, eu sou um ouvinte contínuo de podcast, gosto muito dessa ferramenta, acho que ela tem um futuro brilhante pela frente à medida que as pessoas começarem a usar e ver o quanto se pode aprender em um momento que se perderia tempo (no trânsito, na fila…), você pode ter um conhecimento de qualidade, porque geralmente os podcasts são ricos em conteúdo e sem precisar de muito esforço, a mensagem está digerida pra você simplesmente absorver.
Então, foi com essa ideia que eu gravei o primeiro da série que foi comentando o filme “La la Land” que eu tinha visto e havia me impactado bastante por essa questão da busca pessoal, da realização que é muito importante hoje em dia, trabalhar em algo, não necessariamente profissional, que faça sentido, que nos preencha. Comecei com aquele podcast e fui desenvolvendo diferentes temas relacionados ao yoga e hoje estamos com 40 episódios.
Mesmo a música clássica não foi algo planejado. No primeiro episódio foi um Jazz, devido ao filme, depois eu coloquei uma música clássica, no terceiro coloquei Moon River, que é uma música cantada pelo Frank Sinatra e depois que segui com essa linha da música clássica.
Não sou um estudioso de música clássica, simplesmente gosto e tenho curiosidade e conheço alguma coisa e venho trazendo essas informações pra vocês. Obviamente, o que eu mais gosto de música clássica já foi exposto nos 40 episódios, agora eu vou buscando uma curiosidade ou outra, alguma música que faça algum sentido dentro do tema. E hoje, surgiu esta música do Egberto Gismonti, um compositor brasileiro.
Gismonti é famoso no meio musical, as pessoas o conhecem porque ele produziu muita música instrumental e foi produzido por uma gravadora alemã. Ele tem reconhecimento, é um músico que faz uma produção bastante reconhecida dentro e fora do Brasil. Esta música veio como sugestão do Spotify. Pra quem não sabe, o Spotify gera uma lista chamada Discovery Week que são as músicas que você mais ouviu ou músicas relacionadas ao que você está ouvindo, toda a segunda-feira a lista é atualizada. Nesta semana, por eu usar algumas músicas nas aulas de yoga, esta música veio como sugestão, que é uma música maravilhosa. Tem umas criancinhas no fundo porque ela se chama Palhaço, mas a parte instrumental é muito tocante e muito gostosa para praticar tanto os asanas quanto os pranayamas. Tem uma levada que envolve e fica como sugestão para quem quer praticar e não sabe, essa é uma música bem gostosa que você pode colocar na sua playlist.
Inclusive, a gente tem no YogIN App playlist de diferentes professores, vou deixar algumas delas na descrição do episódio, mas a gente tem no perfil do YogIN App no Spotify essas diferentes listas (pra respiração, pra meditação, com as músicas que cada professor gosta). Quem quer dicas de músicas para dar aula, segue lá o nosso perfil, se chama “Músicas de Yoga – YogIN App” e você tem lá essas diferentes playlists.
Essa música foi sugerida e me lembrou que era a mesma que a minha primeira professora, a Vera Edler, de Porto Alegre, usava muito em aula. Houve também a coincidência que na semana passada tivemos o Yoga Lifestyle BR e, no Rio de Janeiro, teve a Conferência Carioca de Yoga, organizada pelo Sandro Shankar, que é um professor parceiro nosso que, inclusive, tem artigo, podcast, curso aqui no YogIN App. Ele é um cara muito querido, que a gente gosta muito, que estudou música indiana a sério na própria Índia, anualmente ele vai pra lá. O Sandro organizou esse evento, infelizmente casou com o mesmo dia do Yoga Lifestyle BR, então não pude ir, era um evento que gostaria de ver porque tem, também, um outro professor que eu gosto que é o Leandro Castelo Branco que deu algumas aulas lá, assim como a minha professora Vera Edler que deu uma palestra nesta conferência.
E quando a música veio, eu me lembrei de toda aquela descoberta inicial, das aulas da Vera, que sempre trabalhou a parte musical porque sempre foi ligada à música, inclusive o filho dela é músico, tem CDs gravados, inclusive com mantra e música instrumental ocidental. Então, me tocou muito, me lembrei daquele momento inicial, em que a gente começa o yoga e tem uma busca transcendental e, muitas vezes, essa mudança não é de uma forma como o aluno iniciante espera. Particularmente, comecei muito cedo, faz vinte anos que dou aula, então faz mais de vinte anos que comecei a praticar. Então pra mim a busca era muito maior, de algo mais transcendental e efetivamente as coisas que eu buscava no yoga chegaram até mim, só que de uma outra forma. A gente tem um ganho de percepção, mas isso não fica muito evidente porque se está constantemente vivendo aquilo, então se tem uma percepção, se entende o meio, consegue se adequar ao meio e isso eu acho que o Yoga nos dá esse trabalho de auto-observação, mas o que geralmente se espera pelo praticante no começo é uma mudança geral, de praticamente sair do mundo e viver em outra dimensão. Isso acaba acontecendo, mas não de forma tão evidente.
Em relação aos asanas, sempre tive dificuldade no aspecto corporal, mas não posso negar que ganhei muito alongamento, flexibilidade e consciência corporal. E o mais importante de tudo é que ao longo desses vinte anos de trajetória, eu não lembro de ter ficado doente por mais de três ou quatro dias. Então, pra mim, isso tem um grande valor, eu tinha essa preocupação com a longevidade, com a saúde e isso correspondeu, durante esses anos tive uma saúde impecável, dentro do possível. E o yoga tem essa preocupação, por isso o trabalho corporal é importante. O que vale é não deixar o corporal estar acima de toda proposta de transformação que o yoga se propõe a fazer. Acontece muito em algumas linhas é prezar pela parte corporal e deixar de lado a parte meditativa. O yoga mesmo é a meditação, o asana e o pranayama são essenciais para preparar o corpo para uma boa meditação, se houver uma preparação corporal e não acontecer a meditação, tudo acaba sendo incoerente. É necessário um tempo dedicado a meditação e eu acredito que o asana seja eficiente para a preparação do corpo de forma estrutural.
As articulações, por exemplo, não tem tanto importância em muitos trabalhos corporais. Porém o yoga dá bastante importância para as articulações em seu processo, embora saibamos que os asanas irão trabalhar em pontos de força, de energia que são os chacras, os pontos sensíveis do nosso corpo.
Os chacras são mais importantes em áreas como a coluna e em pontos de articulação não haveria chacras tão importantes, neste contexto não haveria necessidade de dedicação à parte articular. Se a gente pensa em longevidade, a gente não pode esquecer as articulações porque elas são o elo frágil da corrente. Se observarmos pessoas mais velhas, podemos notar que, geralmente, elas tem problemas nas articulações como no quadril e no joelho, mas não há problemas nos músculos, como no quadríceps, isquiotibial, músculo do abdômen ou tórax. O que precisamos nos preocupar é com o que estiver dando mais problemas e a articulação deve ser trabalhada na prática do yoga. Momentos de trabalho articular, mexer a mobilidade do pé, trabalhar o joelho, diferentes movimentos do joelho, trabalhar a coluna…tudo isso vai gerando uma estrutura física muito importante na hora que a pessoa sentar e ter um estado de asana, como o descrito pelo próprio Patanjali como Sthira Sukham, firme e confortável. Se não tiver a articulação funcionando bem, isso vai ficar muito difícil.
Então, fica a dica para quem não está fazendo esse trabalho focado, para quem está apenas trabalhando a musculatura do corpo, de não se esquecer da flexibilização do joelho, do quadril, dos pés (para desenvolver o lótus). E, por outro lado, tem a parte do alongamento e do fortalecimento que é muito importante para a longevidade, porque o músculo precisa de ter estrutura para sustentar o corpo, ele vai precisar ter força e tônus. Não hipertrofia, de transformar o corpo em algo gigante. Inclusive, a transformação do corpo não precisa ser a ênfase do yôgin, que busca algo que vai além do físico, que busca a verdadeira essência, o seu verdadeiro purusha. Então, isso vai além do corpo, embora não despreze o corpo, use o corpo como ferramenta para se chegar nisso.
O fortalecimento e o alongamento são importantes, e quando a gente pensa em asana, precisamos pensar na estrutura dos três pontos que são as articulações trabalhando, o trabalho de alongamento de grandes músculos como nos asanas (inint. 14:01) ou a cobra, a serpente Bhujangasana, são asanas que irão fazer esse trabalho mais completo. Mas não se pode esquecer algumas questões de força como o guerreiro, o Chaturanga, posições que vão dar uma estrutura de força. Então os três pontos precisam ser observado quando falamos de asanas: ter a articulações com bastante mobilidade, ter o corpo alongado, não gerando tensões que isso não só impedem circulação de sangue, circulação energética como geram um desconforto, o que prejudica a meditação. E ter, também, um trabalho de força, sem nenhum exagero, sem hipertrofia, sem “morrer” nas posições, mas um trabalho que se tenha uma força de sustentação, força trabalhada com a isometria que vai dentro do músculo, essa força o yoga trabalha em seu trabalho com os asanas.
Então, com essa explicação do asanas e da importância do trabalho corporal para a longevidade, finalizo esse quadragésimo episódio contando um pouco como foi a experiência no Yoga Lifestyle nesse final de semana. Foram dois dias de evento, foi algo maravilhoso, um marco na história do Yoga no Brasil porque foi um evento que juntou gente do País inteiro, muitos professores brasileiros que moram fora estavam aqui (como a Helena Rosenthal, que mora em Londres; a Liana, que mora na Austrália, a própria Mayara que mora em Miami). A gente consegui fazer um evento com pessoas do Brasil inteiro, alguns alunos vieram de Natal, de Manaus, do Paraná, do Rio grande do Sul, de Santa Catarina, do Rio de Janeiro…obviamente.
Foi um encontro com vários tipos de yoga e várias práticas, uma overdose porque eram doze horas por dia em duas salas acontecendo simultaneamente. Tivemos mais de cinquenta horas de aula, se morar tudo. Mas vamos lançar algo online para quem perdeu, como as aulas eram simultâneas, muita gente teve de escolher. Eu mesmo dei aula no mesmo horário que a Liana, e queria participar da aula dela. Mas com a versão online haverá a possibilidade de poder assistir e ver todas as aulas quantas vezes quiser. Realmente foi um evento maravilhoso, muita gente passou por lá no final de semana todo, foi um evento grande com a presença do yoga, mais pra frente a gente vai avisar vocês.
Por fim, gostaria de pedir uma ajuda em relação a divulgação do podcast, algo que falei na semana passada. O que você puder fazer (curtir, compartilhar) já ajuda o algoritmo a mostrar que você está gostando desse podcast. Se estiver usando iPhone, é possível ir no aplicativo da Apple e avaliar, no caso de Android, é só avaliar pelo Soundcloud. Isso faz com que o próprio sistema sugira o podcast para mais pessoas, aumento o acesso de algo que é restrito para poucas pessoas. Esse sempre foi o intuito inicial do YogIN App, dar acesso a este conhecimento que é muito especial, mas que ficou restrito às cidades grande. Como o yoga é voltado para um público específico, cidades pequenas não tinham demanda para sustentar uma escola de yoga. Yoga é muito diferente de ginástica, que é popular. No yoga, há uma quantidade menor que na ginástica, um grupo menor. O nosso trabalho no YogIN App é justamente levar as informações sobre o yoga para pessoas que não tem tanto acesso, seja físico ou financeiro, até porque damos acesso a 200 aulas por apenas R$ 29,90. Contamos com a sua colaboração, seja você praticante ou professor, para engajar neste movimento e fazer a mensagem chegar a mais gente.
Então, até o próximo episódio, nos vemos no episódio 41. Agora Egberto Gismonti com a música “Palhaço”.
Ohm Namah Shivaya!
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