O Raja Yoga é percebido como o “caminho autêntico” para alcançar o estado completo de unidade com a mente, corpo e espírito por meio da meditação.
O Raja Yoga é tão altamente contemplado pelo fato de atingir a iluminação do controle direto e do domínio da mente.
Essa abordagem faz do Raja Yoga uma prática seriamente desafiadora e de complexa execução.
Hatha Yoga, o que geralmente conhecemos como “yoga” no Ocidente é um caminho extremamente mais fácil. O Hatha Yoga tem como objetivo controlar o corpo e a respiração para imobilizar o prana (energia) que, por sua vez, acalma nossa mente.
Mesmo que o Hatha Yoga tenha sido desenvolvido como uma preparação para o Raja Yoga, eles são perfeitamente possíveis de serem praticados simultaneamente.
O Raja Yoga é muitas vezes declarado como “yoga clássico”, uma vez que foi o sistema mais remoto de yoga, desenvolvendo sistematicamente em uma prática unificada. A prática do Raja Yoga foi elaborada pelo sábio Patanjali em seus tão conhecidos Yoga Sutras.
Nos Sutras de Yoga podemos perceber a divisão da prática da meditação iogue em oito membros ou sub-práticas. Os primeiros quatro membros estão relacionados aos membros externos e precisam ser praticados simultaneamente.
Algumas dessas extremidades possuem os mesmos nomes que as práticas de Hatha Yoga, entretanto não são as mesmas e jamais devem ser confundidas. Os últimos quatro membros são referidos como membros internos e são praticados sequencialmente.
A Base do Raja Yoga
A base do Raja Yoga é formada pelos membros externos de Yama, Niyama, Asana e pranayama de Patanjali.
Yama e Niyama são os princípios de atitude e estilo de vida correto, o que deve e não deve ser feito no yoga. Yama, o respeito pelo próximo, inclui não-violência, verdade, honestidade, moderação e não-ganância.
Niyama, auto-ação positiva, envolve pureza, satisfação, disciplina, auto-estudo e devoção. A asana no Raja Yoga difere do Asana que praticamos na aula de ioga. Patanjali simplesmente instrui você a encontrar uma posição sentada confortável e estável.
Muitos também interpretam equivocadamente a instrução de Patanjali no pranayama, onde ele diz para somente observar e desacelerar a respiração até o ponto em que você não seja capaz de distinguir entre inspiração e expiração.
As diversas posturas de yoga e exercícios de respiração foram desenvolvidas posteriormente como parte do sistema Hatha Yoga de dominar o corpo para acalmar a mente.
Praticando os Membros Internos
Uma vez que você esteja numa posição sentada e confortável, ao mesmo tempo em que uma respiração profunda e lenta é obtida, então inicia-se a prática dos membros internos:
- Pratyahara
- Dharana
- Dhyana
- Samadhi
Pratyahara é mudar o foco da mente dos sentidos externos rumo as sensações internas do corpo.
Quando a mente é direcionada para o Eu Interior, tão logo o próximo membro, Dharana, é utilizado para concentrar a mente em um único objeto, normalmente a respiração.
É aqui que a prática se torna um desafio, mantendo a mente focada e liberando as garras dos pensamentos. Quando você alcança a habilidade de concentrar a mente em um único objeto a ponto de ser completamente absorvido nele, então você passa para o próximo nível, Dhyana, meditação.
Quando a mente é absorvida em Dhyana os pensamentos cessam e a mente se acalma. A prática sustentada de Dhyana leva ao último membro, o Samadhi.
Iluminação, êxtase e felicidade são todas palavras propícias para descrever este último membro onde você pode visualizar a consciência pura refletida na superfície quieta da mente.
Aqui, o objeto, o sujeito e a percepção se fundem em um sentimento de unidade.
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