O primeiro Yogin

O primeiro Yogin Ocidental

O primeiro Yogin certamente foi Shiva, e a base dessa afirmação é a mitologia Hindu.

Dentro da literatura do Yoga, outra figura bastante marcante por seu pioneirismo foi Patanjali, o primeiro grande mestre a escrever no século III A.C. um livro falando exclusivamente de Yoga. Haviam citações e descrições de técnicas anteriores ao seu tratado, o Yoga-Sútra, mas ele foi o primeiro a falar somente disso numa publicação organizando o Yoga como um sistema que deve ser percorrido em 8 partes que vão desde as posturas até a Meditação.

No ocidente, somente em 1849 há relatos do primeiro praticante de Yoga. Trata-se de Henry David Thoreau, que em uma carta relata a um amigo “em certos sentido, e com poucos intervalos, eu sou mesmo um Yogin.”

Thoraeu descrevia os Yogins como pessoas sem nenhuma preocupação mundana “Livres neste mundo como os pássaros no ar.”

No mesmo ano em que Thoreau declarou ser um Yogin, escreveu Desobediência Civíl para protestar contra uma guerra que os USA faziam contra o México. Era um forte defensor da idéia de que o melhor governo é o que governa menos e o ideal era que o governo não governasse nada. Durante a guerra, preferiu ir preso a pagar seus impostos que no seu ponto de vista, financiariam ainda mais uma luta ilegítima.

Seus amigos tentaram pagar os impostos para que ele fosse liberado, mas ele negou e disse que se sentia muito mais livre trancafiado do que “solto” mas obrigado a financiar a matança de crianças mexicanas. Não aceitou ser cúmplice de um governo injusto e bancou com ações aquilo que dizia e acreditava.

Suas ideias de desobediência pacífica, influenciaram grandes líderes como Gandhi e Martin Luther King, dois ícones de atitudes revolucionárias diferentes de pegar em armas para causar uma revolução contra algo que discordavam, podendo matar gente inocente.

Como era um opositor ao sistema de governo colocou outra das suas ideias em prática morando mais de dois anos numa floresta, sem nenhum recurso, totalmente isolado do mundo civilizado.

Durante este período de reclusão, escreveu Walden, no qual conta sua experiência de isolamento e declara que aprendeu uma importante lição neste período “se alguém avança com confiança em direção aos seus sonhos e resolve viver a vida com a qual imaginou para si ele irá encontrar o sucesso inesperadamente rápido.”  Palavras que só poderiam sair da mente de um grande Yogin.

 

 

 

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